Flamengo: torcedor viaja para ver jogo, come camarão e morre sem conhecer o Maracanã

O flamenguista Diego Fernandes tinha um sonho: ver uma partida do time de coração no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. Aos 26 anos, o jovem morreu sem realizar o desejo. Ele morava em Mogi Mirim, interior de São Paulo, e viajou ao Rio de Janeiro para assistir Flamengo x Grêmio.

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As equipes entraram em campo às 21h30 desta quarta-feira (23), mas Diego não estava no estádio. Ele morreu horas antes, depois de passar mal na praia. Diego havia viajado de ônibus de Mogi Mirim para o Rio de Janeiro com um grupo de amigos. Diego Fernandes deixa mulher e filha pequena.

Torcedor morre após comer camarão na praia

Leonardo Alves, de 37 anos, era um dos amigos que compunham o grupo que viajou do interior de São Paulo para o Rio de Janeiro para acompanhar o jogo entre Flamengo e Grêmio. Ele contou detalhes do ocorrido.

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Segundo ele, o grupo saiu de Mogi Mirim na terça-feira à noite e chegou por volta das 5h da manhã no Rio de Janeiro. Depois de tomarem café na rodoviária, esperaram o dia clarear para ir à praia.

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Eles queriam chegar ao Maracanã por volta do meio-dia. Na praia, eles alugaram cadeiras e resolveram comer espetinhos de camarão. Diego nunca tinha comido.

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“Falei pra ele experimentar. Ele comeu só dois. Depois de quatro minutos, a voz dele já tinha mudado. Ele falou que a garganta estava formigando, e dois amigos nossos foram com ele procurar uma farmácia. O Diego nem chegou a atravessar a avenida em Copacabana. Acabou desmaiando”, contou Leonardo.

Diego morreu no hospital

O grupo de amigos ficou desesperado com o desmaio de Diego, mas não conseguiu ambulância para socorrê-lo. Um vendedor ofereceu ajuda. Os amigos subiram no baú no caminhão do homem e seguiram para o hospital.

Segundo Leonardo, Diego foi atendido rapidamente. Encaminhado à UTI, ele não resistiu aos ferimentos e morreu. O grupo de cinco amigos vendeu os ingressos para a decisão, conseguiram R$ 3 mil e doaram para a família para ajudar nas despesas com velório e enterro.

O corpo seria levado do Rio de Janeiro a Mogi Mirim por uma funerária da cidade paulista. Ainda não havia informações sobre horários do velório e do enterro.