Botafogo: o erro que custou o cargo de Bruno Lage em breve passagem

Bruno Lage deixou o Botafogo após menos de três meses no clube, sua passagem foi marcada por declarações e escolhas polêmicas.

O treinador português Bruno Lage deixou o Botafogo após menos de três meses no clube. Sua passagem foi marcada por declarações e escolhas polêmicas, testes diferentes e pelo caso envolvendo o jogador Tiquinho Soares. Durante sua curta gestão, o time conquistou cinco vitórias, sete empates e quatro derrotas. A demissão foi oficializada nesta terça-feira.

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Bruno Lage chegou com a missão de dar continuidade ao trabalho do ex-treinador Luís Castro e levar o Botafogo a uma possível conquista do título brasileiro. No entanto, ele falhou em se conectar com o elenco e encontrar uma estratégia que funcionasse. Apesar disso, a equipe ainda lidera o Brasileirão, com sete pontos de vantagem sobre o segundo colocado.

Durante sua passagem, Bruno Lage tentou implementar mudanças significativas na equipe, como uma marcação em bloco alto. Isso gerou dificuldades para os defensores, que estavam mais acostumados com a abordagem anterior de uma linha média. Além disso, ele também abdicou da Copa Sul-Americana, o que causou questionamentos por parte da torcida.

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Mudanças e dificuldades

No clássico contra o Flamengo, após uma derrota, Bruno Lage colocou seu cargo à disposição em uma entrevista coletiva. Essa atitude surpreendeu jogadores, funcionários e dirigentes do clube. Apesar do entendimento de que sua intenção foi justa, a execução não foi das melhores. Bruno Lage afirmou que não se arrependeu do que fez, pois não permitiria que a pressão exercida sobre ele fosse transferida para seus jogadores.

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Outro ponto negativo da gestão de Bruno Lage foi a realização de diferentes testes na equipe, que romperam com a promessa inicial de uma transição pacífica do estilo de jogo de seu antecessor. O time vinha de uma sequência de sete vitórias e dois empates, liderando o campeonato com ampla vantagem. As escolhas do treinador não funcionaram, como a tentativa de transformar Tchê Tchê em um meia pelo lado direito e a aposta em Gabriel Pires e Gustavo Sauer como titulares.

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A gota d’água

Por fim, a gota d’água para Bruno Lage foi a decisão de barrar Tiquinho Soares da partida contra o Goiás. Essa escolha foi questionada pela torcida e gerou vaias e protestos. Somente após o intervalo, Lage colocou o jogador em campo, que marcou um gol em apenas seis minutos. A relação com a torcida já estava desgastada devido aos maus resultados e escolhas questionáveis, mas essa decisão piorou ainda mais o clima do treinador no clube.

No geral, a passagem de Bruno Lage pelo Botafogo foi repleta de polêmicas, erros e dificuldades na conexão com o elenco. O treinador não conseguiu implementar seu estilo de jogo e deixou o cargo após uma curta passagem de menos de três meses. Agora, o clube busca um novo comandante para seguir em busca do título brasileiro.