O Vasco da Gama venceu o São Paulo por 2 a 0, em São Januário, no Rio de Janeiro, pelo Campeonato Brasileiro, e o bom resultado foi bastante comemorado pelos torcedores que lotaram o estádio do time cruz-maltino.
Uma atitude da própria torcida, porém, pode fazer com que o Vasco perca os três pontos conquistados na partida. O árbitro Anderson Daronco relatou na súmula que ouviu um grito homofóbico vindo da torcida do Vasco e paralisou a partida aos 17 minutos do segundo tempo.
De acordo com nova regra da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de combate à homofobia, cantos como o entoado pela torcida do Vasco – “Time de veado” – pode causar punições ao clube.
CBF tenta conter homofobia nos estádios
De acordo com o artigo 243-G do Código Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), a práticas de ator discriminatórios relacionado com o sexo, raça, cor, origem étnica, idade, entre outros, é passível de punição.
Os clubes podem até perder os pontos da partida. A norma passou a valer a partir desta rodada do Campeonato Brasileiro, após circular da Fifa. Além disso, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação à homofobia pesou para a decisão da CBF. O TF determinou que a legislação sobre racismo seja aplicada no caso, na falta de uma lei específica.
Daronco relata na súmula canto homofóbico
“Relato que aos 17 minutos do segundo tempo houve um canto vindo da arquibancada da torcida do Vasco em que dizia: “time de viado’“, escreveu o árbitro. Ele pontuou ainda que a partida foi paralisada.
Daronco informou aos capitães, treinadores e delegado da partida sobre o incidente. O sistema de som do estádio vascaíno pediu a colaboração dos torcedores para que os cantos não fossem entoados novamente.