Com R$ 1 bilhão, investidor procura o São Paulo, mas esbarra na política do clube

Clube teria dificuldades para se tornar SAF e poder político de conselheiros seria diminuído.

Rogério Ceni declarou recentemente que se tivesse R$ 1 bilhão investiria no São Paulo. A declaração do treinador aconteceu em momento de desabafo sobre a situação econômica do clube paulista. O São Paulo tem dívidas de cerca de R$ 700 milhões.

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Muitos torcedores têm dúvidas se o clube vai se tornar sociedade anônima do futebol (SAF) no futuro. Times como Botafogo, Cruzeiro e Vasco seguiram por este caminho. Recentemente, o Grupo City firmou acordo com o Bahia e o clube do Nordeste vai virar SAF.

De acordo com o UOL, o Grupo City procurou o São Paulo antes de fechar com o Bahia. Com R$ 1 bilhão para investir no período de 15 anos, os investidores estrangeiros entenderam que este montante não seria suficiente para adquirir 90% do São Paulo.

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No Bahia, o montante de R$ 1 bilhão será dividido de três formas: R$ 500 milhões para compra de jogadores, 200% distribuídos de várias formas e R$ 300 milhões para quitar dívidas. O dinheiro para pagamentos não quitaria nem metade das dívidas atuais do São Paulo.

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Outros dois pontos que pesaram para que o negócio não fosse fechado dizem respeito a folha salarial e à política do clube. O Grupo City vai gastar R$ 120 milhões por ano com a folha salarial. A do São Paulo é maior que os R$ 10 milhões por mês.

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Por fim, problemas políticas pesaram para que o Grupo City não embarcasse no São Paulo. A estrutura do clube dificultaria a transformação do clube em SAF. Com um investidor trabalhando, diretoria e conselheiros perderiam poder dentro do clube. Diante de tudo isso, o Grupo City foi para o Bahia. A diretoria do São Paulo garante que a relação de Julio Casares com representantes do grupo de investidores é boa.