A construção de um Botafogo forte, há alguns anos, passa pela ideia de que o clube deve angariar recursos de investidores que administrem o clube, liquidem as dívidas e posteriormente obtenham o lucro com as conquistas. Desta forma, surgiu o projeto Botafogo SA, proposto lá atrás através de uma ideia dos irmãos investidores Moreira Salles. Esta reconstrução alvinegra ganhou mais uma importante voz, a do presidente Bolsonaro, que disse que iria sugerir ao grupo árabe, dono do Manchester City, que comprasse o Botafogo.
É fato que o sonho dos torcedores, lá no começo, seria de que os irmãos investidores fizessem parte do grupo de administração do Botafogo empresa, mas como realmente esta possibilidade foi afastada, o clube passou a buscar mais nomes em ‘feiras’ internacionais a fim de alavancar o projeto com capital vindo de fora do país.
Não é a primeira vez que o sheik Mansour bin Zayed Al Nahyan mencionou sua intenção de adquirir clubes na América do Sul, sendo, segundo sua ideia, ter dois times aqui no Brasil.
O que provavelmente ele ainda não foi informado é que a Lei que permite que um clube se torne empresa e possa ser adquirido por um grupo de investidores, não permite que um mesmo investidor seja dono de mais de um clube no país, ou seja, apesar da ideia inicial do sheik ser de comprar e gerenciar dois clubes no Brasil, caso queira levar sua ideia adiante, apenas poderia ter 1 time.
Veja o que diz o artigo 4 da Lei da SAF (Sociedade Anônima do Futebol): “O acionista controlador da Sociedade Anônima do Futebol, individual ou integrante de acordo de controle, não poderá deter participação, direta ou indireta, em outra Sociedade Anônima do Futebol.”
Bolsonaro revelou durante uma live que faria a sugestão de que o sheik comprasse o Botafogo, em seguida, seu filho comentou a respeito da grandeza do clube e do porquê, na sua visão, o clube seria a melhor opção de investimento no país. Vale destacar que o presidente esteve em recente visita aos Emirados Árabes