Morte de Diego Maradona passa a ser vista como ‘assassinato com intenção eventual’ e acusados são intimados

Na última quarta-feira (19), sete pessoas foram intimadas a uma instrução de investigação pela morte do astro do futebol argentino, Diego Maradona. A acusação envolve o crime de assassinato com intenção eventual e pode render aos acusados uma pena de 8 a 25 anos de prisão.

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O caso deixou de ser tratado como homicídio culposo, quando não há a intenção de matar, e passou a ser visto pela Procuradoria-Geral da República de San Isidro como homicídio simples com fraude eventual, quando o autor do crime não pode ignorar as consequências de sua ação.

Maradona veio a falecer em 25 de novembro de 2020, aos 60 anos de idade, em uma casa alugada, em Buenos Aires, em meio a uma recuperação de uma cirurgia realizada por conta de um hematoma na cabeça do ex-atleta.

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Ao final de abril de 2021, uma junta médica formada por 20 profissionais de saúde emitiu um relatório que concluiu que o ex-jogador teria tido maiores possibilidades de sobreviver se tivesse sido submetido a uma internação em um centro de saúde polivalente, onde teria tratamento mais adequado.

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“Levando em conta o quadro clínico, clínico-psiquiátrico e o mal estado geral, deveria ter continuado a sua reabilitação e tratamento interdisciplinar em uma instituição adequada”, afirmou o relatório.

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Segundo os especialistas, no momento em que deixou a clínica de Olivos, Maradona não tinha condições mentais de tomar decisões acerca de sua própria saúde. De acordo com um dos investigados, o médico pessoal do astro do futebol, Leopoldo Luque, dias antes Maradona ir para casa ele havia insistido em deixar a clínica e se recusado a ir para outro centro de saúde.

O argumento que sustenta a mudança na acusação é de que os sinais de risco à vida do atleta teriam sido ignorados e os cuidados de enfermagem em suas últimas semanas de vida teria sido deficientes e teriam apresentado irregularidades.