Anderson publica carta aberta e conta detalhes da Batalha dos Afiltos

O meia Anderson tinha apenas 17 anos quando foi um dos jogadores mais importantes na partida que marcou a história do Grêmio e ficou conhecida como a Batalha dos Aflitos. O jogo virou até filme. O que poucos sabiam é que Anderson quase não entrou em campo naquele dia.

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O meia tinha ficado chateado com o treinador Mano Menezes que, na partida anterior, contra o Santa Cruz, colocou o garoto que já estava vendo ao Porto apenas aos 46 minutos do segundo tempo. Era o último jogo de Anderson diante da torcida.

“Eu já tinha até falado com meu empresário e com o presidente Paulo Odone que não queria mais jogar. Foi uma semana bastante intensa. Eu estava muito triste, para baixo. Mas, com todos os jogadores me apoiando e me levantando, consegui ter a cabeça focada para a partida. Eu sabia que seria meu último jogo”, disse Anderson.

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O jogador revela na carta publicada pelo site GaúchaZH que o gol marcado contra o Náutico foi um trabalho de toda a vida. Ele saiu de casa aos nove anos de idade para tentar dar uma vida melhor à família por meio do futebol. Na comemoração do gol, ele desabafou por tudo que tinha acontecido dias antes. Anderson revelou também que apesar de voltar ao Brasil para defender o Internacional, em 2015, sempre acompanhou o Grêmio.

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O meia elogiou a atual diretoria do Grêmio, comandada pelo presidente Romildo Bolzan Jr e citou que o clube conseguiu fazer caixa com a venda de jogadores revelados pelas categorias de base. Everton Cebolinha é um desses casos. O jogador foi vendido esse ano ao Benfica, de Portugal.

Anderson finaliza a carta desejando boa sorte ao Grêmio e diz que tem um carinho imenso pelo clube. “Parabéns pela Batalha dos Aflitos, não só aos jogadores e diretoria, mas a todo mundo que participou. Sou muito grato por poder contar esta história aos meus filhos e dizer que participei deste momento especial do clube”, encerrou o ex-atleta do Imortal.