Atrasada, Globo ainda não pagou última cota do Carioca após briga com Flamengo; Ferj e clubes sinalizam calote

O Flamengo acabou se sagrando o campeão da edição de 2020 do Campeonato Carioca. O estadual viveu uma grande novela entre os Rubro-negros e a maior emissora de televisão do país, a Globo, após um longo imbróglio com relação aos direitos de transmissão. O time da Gávea não aceitou a proposta, por considerá-la baixa, e transmitiu por conta própria os seus últimos jogos, causando ira nos diretores do canal. Quem achou que a poeira abaixou com o resultado da competição, se enganou.

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Globo dá calote em clubes cariocas

Informações apuradas pelo portal UOL apontam que a Globo deixou de depositar a última cota referente aos direitos de transmissão do Campeonato Carioca 2020. O dinheiro deveria ser repassado para divisão aos 11 clubes, com exceção do Flamengo, no último dia 22.

O calote de R$ 18,159 milhões, referente à última parcela, segundo o UOL, desencadeou uma grande ira na Federação de Futebol do estado do Rio de Janeiro (Ferj) e nos clubes cariocas, que estavam no aguardo deste dinheiro.

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Debate judicial

A mesma fonte da informação diz que há um debate na esfera judicial sobre este dinheiro e os direitos de transmissão do Campeonato Carioca até 2024. A Globo decidiu que só pagaria tal montante caso a Ferj assinasse um documento aceitando e reconhecendo o rompimento decidido unilateralmente pela emissora nas últimas semanas, abrindo mão de discutir tal fato em juízo.

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Com isso, não precisaria pagar os quase R$ 410 milhões que prometeu pelas próximas quatro edições do Campeonato Carioca, desde que honrasse com a última cota do torneio de 2020, de R$ 18,159 milhões. Irritada com os acontecimentos ocorridos no Carioca deste ano, a Globo optou por abrir mão dos seus direitos de transmissão do torneio estadual.

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Os clubes, por sua vez, não admitem. Querem que seja cumprido o acordo que resultará em pagamentos de R$ 98,4 milhões pelo estadual de 2021, R$ 101 milhões por 2022, R$ 103,5 milhões por 2023 e R$ 105,6 milhões correspondendo ao último ano de acordo, 2024.