Corinthians está com 3 meses de salário atrasado, mas diretoria não teme desmanche e tranquiliza torcida

Mais uma vez o Corinthians está no olho do furacão quando o assunto é finanças. O time que já vinha com orçamento limitado teve a crise financeira agravada pelo coronavírus, que acabou paralisando o futebol em todo mundo. Agora o problema são os três meses de salários atrasados.

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A situação é delicada e preocupa a torcida, que teme um desmanche, mas a diretoria minimiza os danos e tranquiliza os torcedores ao falar que os jogadores estão sendo compreensivos diante dessa situação. A verdade é que amparados pela Lei Pelé, no artigo 31, os jogadores podem buscar a rescisão de contrato a partir do terceiro mês de rendimentos atrasados. Caso isso aconteça com o clube paulista, o time sofreria um desmanche na volta dos campeonatos nacionais.

Para amenizar os burburinhos, o diretor de futebol do Corinthians, Duílio Monteiro Alves deu entrevista dizendo que não teme uma saída em massa, já que o clube tem sido transparente com os atletas e que a situação ruim no futebol é mundial. 

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Nunca tivemos esse tipo de problema com nenhum grupo. Somos sempre claros e sempre cumprimos o que combinamos com eles. Logo será tudo solucionado, eles sabem da situação, acompanham, sabem que não é só aqui, que o mundo está de ponta cabeça, que muitos outros clubes, apesar de vocês não falarem, também estão com atrasos iguais ou maiores“, explicou o diretor. 

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O futebol paulista retorna dia 22 de julho e com isso acredita-se que a situação financeira do clube pode dar uma desafogada. A diretoria acertou 50% das férias no mês de julho, mas ainda estão em atraso os salários de março, maio e junho. Vale lembrar que nos dois últimos meses, os jogadores tiveram uma redução de 25% do salário por causa da pandemia.

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Além da volta do futebol, a chegada do dinheiro da venda de Pedrinho, que foi para o Benfica, e do Gustagol vai movimentar o cofre do clube e pode ajudar a quitar algumas das dívidas mais urgentes. Pelo balanço de 2019, que é contestado internamente, o clube tem uma dívida de R$ 665 milhões, sendo R$ 399 milhões de curto prazo.