Após 10 anos da morte de Eliza, goleiro Bruno continua sem conseguir voltar ao futebol

Há exatos 10 anos, o Brasil se chocava com o desaparecimento da modelo Eliza Samúdio, assassinada a mando do goleiro Bruno. Na época, o jogador atuava com a camisa do Flamengo, e já estava sendo sondado por clubes europeus. O crime bárbaro, que contou com vários integrantes, minou a carreira do atleta.

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Após longas investigações, que percorreram anos, a Justiça chegou a conclusão de que Eliza Samúdio foi morta por asfixia e esganadura. Posteriormente foi esquartejada, e até os dias atuais não teve o corpo encontrado. Julgado, Bruno Fernandes foi condenado a 22 anos e três meses de prisão, caracterizando homicídio triplamente qualificado, sequestro e ocultação do cadáver. 

Por conta do seu comportamento, o goleiro conseguiu liberação para o regime semiaberto, e em março deste ano foi liberado para seguir cumprindo a pena no Rio de Janeiro. Desde que passou a cumprir o regime alternativo, o arqueiro iniciou um processo para retomar a sua carreira. No entanto, ele tem esbarrado em constantes protestos da sociedade que inviabilizam os acordos com os clubes interessados.

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Duro golpe

Decidido a voltar para debaixo das traves, Bruno já foi cogitado em diversos clubes de menor expressão no país: Poços de Caldas-MG, Operário de Várzea Grande-MT entre outras equipes. Mas, em todas as oportunidades, moradores da região e torcedores dos times protestaram, principalmente nas redes sociais, se mostrando contra à ressocialização do goleiro.

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Em entrevista ao jornal O Tempo, José Alexandre Júnior, que ficou responsável por treinar Bruno, quando ele estava em Varginha, defendeu o jogador e criticou a postura da sociedade.

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“A Justiça liberou o Bruno. A sociedade fala muito na recuperação das pessoas, mas ninguém estende a mão. Para empurrar alguém para o buraco, aí, sim, tem um punhado de gente. Bruno é um cara carente, que precisa de amizades”, concluiu o treinador.