Caso Ronaldinho: a bomba que coloca ministro envolvido com a falsificação de documentos

Ronaldinho Gaúcho e Roberto Assis continuam presos no Paraguai. Os brasileiros estão em prisão domiciliar em um hotel de luxo do centro histórico de assunção, capital do país, desde o dia 7 de abril. Ambos foram detidos no dia 4, quando chegaram ao Paraguai. Dois dias depois foram encaminhados a Agrupación Especializada, presídio de segurança máxima que abriga policiais que cometeram crimes.

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A defesa de Ronaldinho e de Assis tenta trazê-los de volta ao Brasil, mas a situação segue difícil. Antes de serem enviados para a prisão domiciliar, havia medo da Justiça paraguaia de que eles fugissem para o Brasil e se livrassem de qualquer punição já que o país não extradita seus cidadãos.

Acusado cita nome de ministro em entrevista

O auxiliar de contabilidade Sebastián Medina é acusado de obter os documentos falsos (cédulas de identidade e passaportes) usados por Ronaldinho e Assis. Em entrevista ao ABC Color, publicada nesta quarta-feira (4), Medina afirmou que o ministro do Interior do Paraguai, Euclides Acevedo, sabia da fraude.

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O contador afirmou que obteve os documentos falsos com o mecânico Iván Campos e teria pago 18 mil dólares por eles para Wilson Arellano. Medina também revelou que dias antes da chegada de Ronaldinho e Assis ao Paraguai, agendou reunião com o ministro do Interior, mas foi recebido pelo assessor Anastasio Ojeda. Ojeda teria dito que estava ciente da irregularidade.

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Após o encontro, Ojeda e Medina se reuniram com Alexis Penayo, chege do Departamento de Imigrações. Ele teria recomendado que Wilson Arellano devolvesse o dinheiro que foi usado para confeccionar os documentos falsos. Na entrevista, Medina também revelou que a empresária Dalia López não sabia que a documentação entregue a Ronaldinho e Assis era falsa.

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