Caso Ronaldinho: Brasil troca ministro, mas não se envolve na prisão do ex-craque

Ronaldinho Gaúcho e seu irmão, Roberto Assis, seguem detidos no Paraguai. A prisão de ambos está próxima de completar três meses e não há previsão de quando ele vai deixar o país vizinho ao Brasil. Os irmãos foram detidos pela polícia no dia 4 de março. Eles estavam com passaportes e cédulas de identidade falsas. Dois dias depois, a Justiça decretou a prisão de ambos.

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Ronaldinho e Assis foram encaminhados para a Agrupación Especializada, em Assunção. O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, teria ligado ao Paraguai para saber para onde os brasileiros iriam ser encaminhados. Ronaldinho apoiou publicamente o então candidato à presidência Jair Bolsonaro durantes as eleições de 2018.

No dia 7 de abril, a defesa dos brasileiros conseguiu a autorização para a transferência para a prisão domiciliar. Ronaldinho e Assis seguem em um hotel de luxo do centro histórico de Assunção, acompanhados de advogado e outro funcionário. A polícia acompanha o ex-craque e seu irmão no local.

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Sergio Moro saiu, mas nada mudou

Apesar de ter ligado para o Paraguai, Sergio Moro não foi além disso. O governo brasileiro não interferiu na prisão do ex-craque da seleção brasileira. No fim de abril, Moro pediu demissão do cargo de ministro. André Mendonça, nome escolhido para substitui-lo, também não se manifestou sobre o caso.

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De acordo com o colunista Cosme Rímoli, do R7, o governo brasileiro não se envolve na prisão de Ronaldinho e Assis porque não têm certeza da inocência de ambos. O Ministério Público do Paraguai investiga os brasileiros e outras pessoas envolvidas na falsificação de documentos. A defesa de Ronaldinho e Assis tenta autorização para que eles possam voltar ao Brasil.

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