O futebol é um agente transformador de vidas. Muitos dos jogadores que hoje ostentam carrões e mansões luxuosas nasceram e cresceram nas periferias do Brasil, muitas vezes, sem acesso ao básico, como água enganada. Alguns presenciaram de perto a violência que ocorre nas periferias de grandes brasileiras.
Nas comunidades Brasil a fora, muitos garotos sonham em ser jogador de futebol, mas a carreira, ao contrário do que se vê na TV e nas redes sociais, não é tão fácil como parece. Apenas uma minoria recebe altos salários, de acordo com pesquisa realizada pela consultoria Esporte Executivo em parceria com a Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf).
Foram ouvidos 500 atletas e a margem de erro é de cinco pontos.
Supersalários são raros no futebol brasileiro
No começo deste ano, Gabriel Barbosa, o Gabigol, assinou contrato com o Flamengo. A informação divulgada é a de que recebe cerca de R$ 1,350 milhão por mês. O salário dos sonhos não é tão comum assim no futebol brasileiro. De acordo com a pesquisa, apenas 10% dos atletas do futebol brasileiro ganham mais de R$ 40 mil mensais.
Equipes grandes do futebol nacional costumam pagar daí para cima aos seus atletas. Até mesmo jovens promessas da base podem ganhar mais do que isso, mas essa realidade é bem restrita. Chegar a ganhar o mínimo de R$ 40 mil mensais não é fácil.
O outro lado do salário no futebol brasileiro
Segundo a pesquisa, 75% dos jogadores brasileiros recebem menos de R$ 7 mil mensais. Destes, 38% ganha até R$ 2 mil por mês – menos de dois salários mínimos. Outros 37% recebem entre R$ 2 mil e R$ 7 mil todos os meses. Um salário de R$ 7 mil é ótimo em relação à realidade brasileira, mas para o mundo do futebol é uma mixaria. Ninguém que sonha ser jogador de futebol espera ganhar este valor por mês.