A pandemia do coronavírus deixou o calendário do futebol nacional em um cenário de indefinição total. Nos bastidores, CBF, federações, Comissão Nacional de Clubes e até o próprio governo discutem alternativas para a retomada do esporte no país. Defensor da volta dos campeonatos, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) concedeu entrevista exclusiva nesta quinta-feira (30) à Rádio Guaíba, onde deu mais justificativas para o seu posicionamento.
Segundo o chefe do Executivo, os atletas correm risco mínimo de morte se forem acometidos pela Covid-19. Além disso, ele destacou que o cenário de desemprego já começa a assolar a área do futebol, o que diretamente impacta na sobrevivência da maioria dos atletas, que tem no esporte a única forma de sustento.
“Agora, ele [atleta] tem que sobreviver. Muitas vezes, a gente tem o pensamento que todo mundo, os jogadores, ganham horrores. Não, a maior parte não ganha bem e precisa do futebol para sustentar a sua família. Estão passando necessidade”, completou Bolsonaro.
"Em momento nenhum eu falei para a imprensa que havia entrado em contato com o Renato (Portaluppi), mas dessa vez eu falo: eu liguei para ele. Queria informações de como estão os jogadores, e sua opinião sobre o assunto" explicou o presidente.
— Rádio Guaíba (@RdGuaibaOficial) April 30, 2020
Ainda na entrevista, o presidente da República admitiu ter conversado com Renato Gaúcho para discutir o cenário do futebol no país.
Retomada dos treinos
Na última terça-feira (28), a CBF realizou uma reunião por videoconferência com a Comissão Nacional de Clubes onde autorizou a retomada dos treinamentos para as equipes. Contudo, deu a liberdade para cada clube adotar ou não a medida.
Quem desejar o regresso das atividades ainda terá que viabilizar a liberação junto aos órgãos de saúde e autoridades locais, tendo em vista que cada região do país tem um cenário diferente no combate à pandemia.
O calendário nacional está paralisado desde a segunda semana do mês de março, quando os primeiros casos da Covid-19 foram registrados no país. Inicialmente, a CBF suspendeu as competições por ela organizada, e posteriormente as federações foram paralisando as atividades do certames estaduais.