A paralisação do futebol nacional em decorrência da pandemia do coronavírus tem afetado os bastidores e a rotina de alguns clubes. No Flamengo, a indefinição acerca da retomada das atividades acabou provocando divergências entre o presidente Rodolfo Landim e o vice-presidente de futebol, Marcos Braz. A informação foi revelada pelo UOL Esporte.
Diferentemente de outros clubes da elite nacional, que anunciaram a extensão das férias para os jogadores no início da semana, o rubro-negro que aguardava a aprovação de um protocolo da Ferj junto às autoridades de saúde, segurou a sua decisão. Após impasse, e críticas até mesmo da gestão do arquirrival Botafogo, o time da Gávea oficializou na última sexta, a prorrogação do descanso até o dia 30 de abril.
Enquanto Rodolfo Landim defende a volta o mais rápido possível aos treinamentos, o VP explicita sua opinião de que não há nenhum tipo de clima para retomar as atividades. O impasse de insistir na retomada das atividades, acabou resultando em um desgaste entre os membros da diretoria.
Landim queria a volta para o dia 21, e inclusive, chegou a contactar o governador do Rio, Wilson Witzel, para acompanhar o avanço da pandemia no estado. Sem apoio de outros clubes, uma vez que Vasco e Botafogo também declinaram da ideia de voltar às atividades, o Fla teve que recuar.
Renovação com Jorge Jesus
O cenário de paralisação também preocupa o presidente rubro-negro nas tratativas para renovar com o técnico Jorge Jesus, cujo contrato vence no meio de junho. Marcos Braz, por sua vez, encara o assunto como secundário.
Nos últimos dias, as conversas para tratar da permanência do treinador português vem esfriando, aumentando assim a incerteza do “fico” de Jesus, um dos grandes protagonistas pelo momento de ascensão que vivencia o rubro-negro carioca.