A pandemia do coronavírus impactou diretamente no calendário do futebol europeu. A temporada que se aproximava do fim, com os certames e ligas em retas decisivas ficaram em um cenário de total incógnita. Um dos países mais atingidos pela Covid-19, a Itália, segue focada em retomar o futebol no país.
Na última sexta-feira (17), a Federação Italiana de Futebol revelou que tentará retomar o Campeonato Italiano no final de maio ou início de junho. A entidade destacou a relevância da volta do futebol para a economia do país e dos clubes, e ainda criticou os que defendem o encerramento definitivo da temporada, classificando que os mesmos “não amam o futebol nem os italianos”.
Segundo o presidente da entidade, Gabriele Gravina, será necessário um período de três semanas para se preparar após o término do confinamento, previsto para ser encerrado no dia 4 de maio.
“Então, no final de maio ou no início de junho, podemos começar. Haverá um período de controle para garantir os negativos de todos os participantes dos eventos. Se todos os testes forem negativos, não haverá problemas de distância ou contágio”, disse o mandatário em uma rádio italiana.
Gravina ainda revelou o desejo de que todos os times joguem em seus próprios estádios, contudo, caso isso não seja possível, soluções serão encontradas para recolocar em ação uma das maiores indústrias do país: o futebol.
“Quem evoca o cancelamento da temporada hoje, nem ama o futebol nem os italianos, tira a esperança do futuro e da recuperação”, concluiu o presidente da FIGC.
Até o momento, segundo rumores da imprensa local, Brescia e Torino são os únicos clubes que se mostram contra a retomada do futebol no país.
Antigo epicentro do coronavírus, a Itália já registrou mais de 22 mil mortes em decorrência da doença, e aparece como o terceiro país mais afetado no mundo no ranking de infectados.