Botafogo e Flamengo fizeram um longo duelo fora dos gramados que durou alguns anos. Os clubes se enfrentaram em uma briga judicial, onde o Botafogo alega ter sido lesado na transferência de seu então jogador, William Arão, hoje no Flamengo, para o próprio rubro-negro.
Uma cláusula da FIFA permitia que os alvinegros, que tinham contrato em curso com o atleta, fizessem uso da renovação automática após depositar um valor previamente acordado em contrato.
Na iminência de poder perder seu jogador e já sabendo do assédio da diretoria rubro-negra, o clube fez uso de seu direito e pagou pela renovação automática, só que Arão devolveu os valores para a conta do clube, desfazendo o acordo e indo para o rival.
A partir daí sobrou somente os tribunais de Justiça. No Rio de Janeiro, o Botafogo perdeu em todas as instâncias, tendo inclusive boa parte de seus recursos negados.
Só que após o término do trâmite no Rio, o clube estendeu a ação para os tribunais de Brasília, onde o jogo virou a seu favor. O clube, que até então não havia obtido nenhum êxito, conseguiu uma vitória por unanimidade no caso. Todos os três juízes se posicionaram a favor do alvinegro.
Nesta próxima semana, haverá o que deve ser a instância final deste caso e provavelmente a novela Arão terá seu desfecho conhecido. Caso mantenha a vitória no entendimento da Justiça, Arão será reingressado ao plantel do Botafogo que poderá negociá-lo novamente, além de outras medidas que estão sendo estudadas pelo clube.
Atualização
Com o encerramento da audiência desta quarta, o Botafogo conseguiu uma nova vitória na instância final onde foi definido que o clube deverá ser ressarcido em aproximadamente R$ 4 milhões e Arão continuará a ser jogador do Flamengo.
O alvinegro solicitava R$20 milhões e os juízes discordaram do valor, mas concordaram que o clube deveria ser indenizado.